domingo, 7 de março de 2010

http://www.youtube.com/watch?v=GMGhWYtUnP4

FASES DA VIDA DE UMA GAROTA


Será que realmente temos que passar por tudo isso até encontrarmos a pessoa ideal, meninas?!
Eu acho que não!
=)
Assistam ao vídeo!

De tão trágico...virou comédia!
=)
BjOs.
DAR NÃO É FAZER AMOR

Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria... Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar.... Sem querer apresentar pra mãe... Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral... Te amolece o gingado... Te molha o instinto. Dar porque a vida é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro. Dar é bom, na hora.
Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos...

Mas dar é dar demais e ficar vazio. Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?". É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia. Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos... Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. Esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar

Experimente ser amado...
"Luís Fernando Veríssimo"

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A mentira inevitável
Ela é a graxa que faz a engrenagem do amor rodar sem sobressaltos

Por Ivan Martins

Certa vez, não faz tanto tempo, eu estava em casa vendo Sex and de City com uma namorada. Na tela, Carrie Bradshaw acabara de despachar o amante para fora do apartamento dela quando seu namorado chegou, e foi recebido com a maior naturalidade. Eu virei para a namorada, que estava ao meu lado no sofá, e perguntei: Vocês são capazes de mentir com essa desenvoltura? E a resposta dela, sem tirar os olhos da tela: Ahã...

Sem exagerar e sem generalizar, algumas mulheres são excelentes mentirosas. Qualquer homem com alguma experiência já teve a chance de presenciar mulheres mentindo – em geral ao telefone, para alguém que está do outro lado da linha. É assustador. Qualquer um que não seja imensamente burro imagina, imediatamente, quantas vezes já não esteve na mesma situação, ao contrário.

Eu estava lendo outro dia uma reportagem americana sobre exames de DNA e o texto dizia que 30% dos pais que pedem exames genéticos de seus filhos descobrem não serem os pais biológicos das crianças. 30% é muito. Pode-se alegar que a amostragem é viciada, uma vez que o sujeito que pede o exame já deve ter motivos para desconfiar, mas isso deve ser compensado pelos milhões que não fazem exames porque sequer desconfiam da realidade. Logo, os números sugerem que há muita gente mentindo por aí.

Do ponto de vista da evolução do texto, seria bom se, neste ponto, eu pudesse opor a suposta vocação mentirosa de algumas mulheres à integridade moral dos homens, que não mentem – mas não é o caso. Homens mentem. Muito e descaradamente. Não sei se mentem tanto ou mais do que as mulheres, ou com menor talento, como me dizem, mas essas são questões acadêmicas: o certo é que homens e mulheres são propensos a enganar e serem enganados.

Se abrirmos mão de julgamentos morais – Fulano não tem caráter, Sicrana não presta – nos resta tentar entender por que as pessoas mentem. E a minha conclusão, provisória como todas, é que as pessoas mentem porque a vida conduz a isso, porque a mentira faz parte do nosso modo de vida.
Um exemplo, que envolve uma pessoa que eu admiro: Contardo Caligaris, psicanalista e escritor. Ele disse numa entrevista a ÉPOCA que não se incomodaria se a mulher dele contasse que conheceu um cara legal e transou com ele. Quantos de nós são capazes de repetir com honestidade essa mesma afirmação? Para dizer uma coisa dessas com sinceridade você tem de viver uma vida diferente daquela que vivem a maioria das pessoas. Você tem de estar pronto para dizer o que sente, fazer o que tem vontade e – muito importante – permitir que o outro faça o mesmo.

Bem, a maioria de nós não consegue nem falar sobre desejos fora da relação, quanto mais colocá-los em prática sem mentir. Aliás, a maioria de nós não tem coragem sequer de discutir essas coisas com a parceira. A gente assume que elas são ciumentas e possessivas e sai agindo por conta própria. Mentindo, eu quero dizer.

A maioria das pessoas, homens e mulheres, é ciumenta mesmo, mas há muita gente por aí que toparia uma conversa mais franca – mas o proponente da conversa tem de ter coragem de bancar suas consequências lógicas. Quem fala escuta. Quem exige liberdade concede. Em tese é fácil, mas quando se gosta é mais difícil.

É bom lembrar, claro, que não praticamos apenas mentiras de natureza sexual. As pessoas mentem também para estar sozinhas. As pessoas mentem para estar com amigos fazendo coisas inocentes. As pessoas mentem para garantir a si mesmas um espaço existencial livre de controle que é uma afirmação de liberdade – eu sou um sujeito, um homem, uma mulher, não apenas um marido, esposa, mãe, funcionário, presidente, o que quer que seja. Eu sou eu, e não apenas o papel social que às vezes me oprime.

Por favor, não me digam que as pessoas que amam não precisam mentir. Ou que pessoas que respeitam seus parceiros jamais escondem seus sentimentos. Ou que pessoas maduras simplesmente agem de acordo com a própria consciência. Talvez isso seja verdade para algumas poucas e virtuosas pessoas no planeta, mas para a maioria dos seres humanos mentir é simplesmente inevitável. Ou não?

Tente contar para a sua mulher sobre aquela garota do prédio de quem você não consegue tirar os olhos. Ela vai adorar saber. Ou descreva para ela o sonho erótico que você teve ontem com a amiga com quem ela compete desde a faculdade. A conversa vai ser ótima. Aliás, você quer mesmo saber o que a sua mulher sente em relação aquele seu colega do trabalho meio desagradável que já saiu com todas as mulheres bonitas do escritório? Ou como são as conversas dela durante o almoço com o bonitão com quem ela trabalha? Melhor não, né?
Para ser simples, mas sendo um tanto dramático, eu diria que as nossas relações de casal ainda são baseadas numa mentira romântica, a do amor que basta para toda a vida e que dispensa e suprime qualquer outra forma de sensação erótica.

Esse é um ideal que não tem lastro estatístico na realidade, mas que ainda serve de base para as relações de milhões e milhões de pessoas. As nossas relações. É uma mentira, ou uma abstração, que nos ajuda a formar casais, construir famílias e criar nossos filhos como tem de ser feito. É uma ilusão útil, embora um tanto opressiva, como tantas outras que os seres humanos inventaram ao longo da história. Mas ela funciona mediante um preço, o de que todos continuem omitindo parte do que sentem.

Sendo assim, eu acho que é hora de reabilitar ao menos parcialmente a mentira. É hora de assumir que ela é um mal necessário, que é uma espécie de graxa que faz a grande engrenagem do amor rodar sem sobressaltos. Uma mentirinha ali, outra aqui, uma omissão sincera e uma distorção inevitável e pronto: todos estão mais ou menos felizes e ninguém saiu ferido. Desde que não se peça um exame de DNA...

Haverá ocasiões em que, assim como a Carrie Bradshaw de Sex and the City, as pessoas estarão confusas entre dois sentimentos e terão de mentir. Ou não terão dúvida alguma sobre os seus sentimentos e ainda assim enganarão o parceiro que amam, movidas sabe-se lá por que tipo de impulso. Isso acontece todos os dias, provoca culpa e vergonha todos os dias e continua acontecendo, há milênios. E as pessoas continuam a ser perdoadas, apesar da dor que provocam. Escondido sobre a grossa camada da lei, parece haver o reconhecimento tácito de que a natureza dos nossos desejos é incompatível com as regras que nós criamos.

Posto isso tudo, haveria limite para o que é aceitável no terreno da mentira? Acho que depende de cada um, depende de cada tipo de arranjo afetivo, depende do caráter e do temperamento das pessoas envolvidas. Mas eu gosto de pensar que há sim limites e que eles são relativamente simples. Quando aquilo que se omite for maior do que aquilo que se diz, esse limite chegou. Quando aquilo que está escondido for maior do que aquilo que se pode mostrar, o teto foi alcançado. Então é hora de abrir a janela e restabelecer a verdade. Não sei se ela salva, mas, de alguma forma, redime.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010


Lei a coluna de Ivan Martins desta quarta-feira, dia 20/01/2010.
MANUAL DO HOMEM SENSÍVEL
Os atos que definem os homens que gostam (mesmo) das mulheres


Por Ivan Martins


É editor-executivo de ÉPOCA Desde que esta coluna teve início, há quase um ano, tenho ouvido acusações recorrentes e bem humoradas de ser um “homem sensível”. Como eu não sei o que isso significa, saí perguntando aos amigos – homens e mulheres – e escolhi algumas respostas que achei interessantes.

Vejam vocês:

. Homem sensível é um cara que se importa com os sentimentos dos outros (resposta de homem).
. Alguém sensível (homem ou mulher) é capaz de ter boa percepção sobre o outro. Também é capaz de se colocar no lugar, sentir o que o outro está sentindo (resposta de mulher).
. Homem sensível é um homem que percebe os efeitos e as consequências de seus afetos, entendidos como a capacidade de afetar e ser afetado (resposta de homem).
. Homem sensível é o cara que “percebe” as coisas, presta atenção ao que está sendo dito ou o que está acontecendo, aquele que é capaz de se deixar emocionar com as coisas bonitas (e feias) do mundo, que se deixa afetar sem medo – e segura a bronca, né? ninguém quer um bebê chorão do lado. Não confundir com falta de masculinidade... Gostar de filmes de ação, carros, futebol e até putaria não é sinal de insensibilidade (resposta de mulher).
. Homem sensível é o que consegue entender que às vezes a mulher precisa de espaço e que, mesmo com todos os avanços, ainda reagimos diferente dos homens em várias situações. O problema é que alguns homens se auto denominam sensíveis como desculpa para serem covardes e não terem iniciativa (resposta de mulher, claro).

O que se pode concluir disso? Primeiro, que homem sensível é um elogio. Mulheres e homens veem a sensibilidade masculina como coisa positiva, como sinônimo de olhar e entender melhor o outro, como capacidade de se emocionar com o mundo e com as pessoas. A segunda conclusão é que o termo ainda sofre de indefinição. O sentimento está claro, mas os exemplos são poucos e não tipificam o comportamento do homem sensível.
Assim, seguindo uma máxima do jornalismo moderno, que diz que a gente tem de prestar serviço aos leitores, e vou tentar rascunhar, com base nas minhas ideias e nas ideias do próximo, a primeira versão do Manual do Homem Sensível. Quem não gostar, vá ao blog do Bortolotto e tome um antídoto.

As dez regras do homem sensível

1. Gostar de mulher. Não só do corpo ou da cara bonita da mulher. Gostar de mulher é ter interesse pelo jeito delas, pela conversa delas, pela vida delas que é tão diferente da nossa. O sujeito que vive cercado de homens perde metade do potencial da humanidade. Outro dia alguém me disse a frase síntese do homem insensível: “Se não tivesse b....., eu nem dava bom dia”. Homens sensíveis dão bom dia, felizes, porque gostam da presença feminina.

2. Olhar e escutar. Homens sensíveis não são obcecados por eles mesmos. Eles prestam atenção ao redor, inclusive nas mulheres. As pessoas têm coisas a dizer, não nasceram para nos servir com seus ouvidos. Suas opiniões e ideias frequentemente são interessantes. Seus sentimentos devem ser considerados. Observar o outro, ouvir o outro, tentar entender e respeitar pelo menos aqueles de quem a gente gosta (sobretudo os tímidos, que têm menos facilidade de se colocar): isso é sinal de inteligência, assim como de sensibilidade.

3. Sentir. A tradição diz que homem não chora. Isso equivale a dizer que homens não sentem ou não mostram seus sentimentos. Bobagem, né? Homens são capazes de sentimentos ternos, de piedade e de comoção. Na intimidade da relação, porém, é comum que ocorram conversas difíceis, durante as quais a mulher chora e se derrama e o sujeito fica ali, com cara de tonto, sem saber o que sentir... Isso é um aleijão masculino que precisa ser superado. Onde estão escondidos os nossos sentimentos? Um homem sensível (um ser humano completo, na verdade) não vive com apenas metade dos seus sentimentos. Vive com todos eles.

4. Dividir e ajudar. Há uma parte do mundo doméstico na qual os homens não entravam. Ele se estendia da cozinha à sala de parto. Isso vem mudando, mas nunca é demais repetir: homens sensíveis (nesse caso equivale a moderno, contemporâneo) não dividem o mundo entre tarefas masculinas e tarefas femininas, sobretudo no que diz respeito aos filhos. Entrar no mundo das tarefas das mulheres é trabalhoso, mas garante que a mulher desfrute melhor da vida e permite ao pai uma relação mais densa com seus filhos. Os casamentos legais que eu conheço se baseiam numa preocupação intensa do homem com a casa e com a prole – isto é, com a qualidade de vida e com a sanidade da mulher dele.

5. Dedicar-se. Esta talvez seja a parte mais difícil. As mulheres se dedicam aos seus amores com facilidade, os homens hesitam. Mas aqueles que traduzem seu afeto na forma de uma atenção prática e apaixonada pelo outro, têm mulheres muito mais felizes. Um homem sensível começa a se preocupar com o presente da mulher dele muito antes da semana do aniversário, por exemplo. Ele planeja uma viagem com meses de antecedência, para surpreendê-la. Ele antecipa as preocupações da casa e evita os problemas, porque pensa sobre as necessidades do outro. Quem faz assim diz que dá trabalho, mas compensa.

Bom, esse é o começo. Quem tiver mais ideias e contribuições – críticas também, claro – que se manifeste. O Manual do Homem Sensível está aberto a colaborações.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Em breve dicas de moda, maquiagem e principalmente de como reconhecer o cara errado antes q você perca tempo com ele!




Em breveee!!Olha o tédio!
ENCONTRE AQUI ALGUMAS DAS COLUNAS DO EDITOR-EXECUTIVO DA REVISTA ÉPOCA,QUE ESCREVE SOBRE OS TEMAS QUE MEXEM COM NOSSO LADO AFETIVO.

POR TRÁS DO PÉ NA BUNDA
O fim dos relacionamentos é a grande questão da vida afetiva moderna


Por Ivan Martins


O escritor franco-argelino Albert Camus disse que o suicídio era a grande questão filosófica do nosso tempo. Parafraseando, eu diria que o fim dos relacionamentos é a grande questão da vida afetiva moderna: por que as pessoas se separam? Por que tantos de nós fracassam em manter relações estáveis e duradouras? Por que num mundo repleto de possibilidades de encontros há tanta gente sozinha?

Nos últimos dias, como num filme, tive duas ocasiões para pensar concretamente sobre isso.

Na primeira ocasião, dei de cara numa festa, inesperadamente, com uma ex-namorada de enorme importância. Ela estava com um homem mais alto, mais jovem e mais bonito do que eu. Parecia feliz. Dias depois, encontrei num restaurante outra das poucas mulheres que marcaram a minha vida - dessa vez com a família, a mesma que eu costumava freqüentar.

Rever essas duas mulheres, vê-las seguindo tranqüilas o fluxo da própria existência, me fez pensar sobre o que havia levado, nos dois casos, à separação. A conclusão, simples e chata, é que não aconteceu nada realmente espetacular. Não houve crime, traição, abandono, tragédia, fatalidade, drama, gritos, morte, nada. Se eu tivesse de apontar a causa mortis diria... O que eu diria mesmo? Não sei.

Sei que as pessoas parecem se cansar umas das outras. Elas enjoam. Perdem o interesse. Elas se distraem, desafinam entre si. Não sentem mais tesão e logo deixam de sentir alegria. O outro deixa de ser uma surpresa cintilante para se tornar uma repetição. O sonho empalidece, os planos nublam, chove. Quando se perde o amor, chove.

Quando a gente fala dessas coisas é comum que as pessoas perguntem: quem acabou, você ou a fulana? Isso costumava ser a coisa mais importante do mundo. Afinal, quem leva o pé na bunda carrega o ônus (formal) da rejeição. Dói e às vezes dói muito. Mas hoje, de uma perspectiva mais experiente, isso me parece de importância secundária. Não interessa a quem cabe o gesto final - o fato importante é que acabou. Os dois perderam, de novo, a oportunidade de serem felizes. É uma espécie muito concreta de fracasso que muitos de nós experimentamos seguidamente.

Outro dia, almoçando com um amigo na Vila Madalena, ouvi a versão resumida (com sotaque carioca) do drama das relações adultas. “Homem não presta”, ele disse. Ponto final. É divertido, mas é bobagem. As mulheres já não são poços de virtude ou de paciência e, no geral, padecem do mesmo mal que afeta os homens: a insatisfação difusa e a falta de objetivos. O que eu espero do outro? O que eu quero para nós dois? Vai saber.

Da minha parte, eu tenho feito um esforço danado de entender o que nos separa. Já tive dois casamentos e, como dizem os mexicanos, o terceiro é o que conta. Estou me preparando: duas sessões de análise por semana, esta troca semanal com vocês (que ajuda imensamente a entender o que eu penso e sinto) e a exploração descarada da vida dos amigos – tudo que eles fazem me interessa, desde que venha contado em detalhes, desde que se possa aprender.

O que eu aprendi até agora? É pouco, mas eu divido:

1) Tem de ter compromisso. Estar com alguém vale a pena, ainda que seja uma pessoa por década, por ano ou por mês. Uma relação monogâmica ainda é o melhor jeito de aprender sobre o outro e sobre si mesmo. Mas exige atenção e dedicação.

2) Se tiver problemas, converse. Homens (com exceções notáveis) não gostam de discutir a relação. Está errado. Nós somos criaturas tão complexas, tão neuróticas e fundamentalmente tão infelizes que já é um milagre que convivamos socialmente sem nos matar o tempo todo. Como se vai dormir junto, comer junto e beijar a boca um do outro sem que pilhas de questões apareçam? Fale. A palavra salva.

3) Quando o sexo fica chato, paciência – e imaginação. Lembre que você tem a sorte de viver no século 21 e que tudo (ou quase tudo) que você e sua parceira (ou parceiro) quiserem fazer, é permitido. Dentro e fora de casa. Se um vídeo da Sasha Gray não for o suficiente, há um mundo inteiro de possibilidades reais e imaginárias a seu dispor. Explorar é bom.

4) Quando o sexo ainda continua chato, escute, preste atenção na parceira. As mulheres, quando sentem que há espaço, são atrevidas e divertidas. Escute o que a sua mulher tem a dizer, sobretudo se ela falar baixinho ao seu ouvido.

5) Quando encontrar em público as pessoas que já foram importantes para você, seja gentil. Você é o resultado direto da vida com seus parceiros. Do carinho, das risadas e dos gritos com eles ou elas. Isso é muito mais importante do que lembrar quem levou o pé no rabo.
O PASSADO QUE FICA
Homens, mais do que mulheres, têm dificuldade em deixar que as coisas passem

Por Ivan Martins





Eu sempre tive dificuldade em separar passado e presente.

Ao contrário de uma ex-namorada de quem eu gosto muito, que se gaba de olhar apenas para frente, eu sofro desde adolescente de torcicolo existencial: vivo olhando pra trás, fascinado e (às vezes) apaixonado pelo passado.

Percebi essa dificuldade pela primeira vez ao fim de um período de quatro anos fora do Brasil: eu só conseguia pensar na garota por quem eu fora louco na adolescência.

Liguei da Inglaterra para a casa da mãe dela (ainda sabia o número de cabeça...), atualizei a ficha da moça (casada, dois filhos) e telefonei dias depois, com o coração aos pulos, para ter com ela uma conversa doce e ... inútil.

Descobri que aos 30 anos não se pode recuperar nada de uma paixão que se teve aos 13.

Mais tarde, deparei com a mesma dificuldade em outra circunstância. Depois de anos de namoro, apaixonado, levei um pé na bunda e gastei anos dolorosos (sim, anos!) tentando fazer o tempo voltar. Inutilmente.

É engraçado como as pessoas que sofrem da doença da nostalgia criam desculpas para se justificar.

"Ninguém é como ela". "A gente ainda tem uma relação". "Foi a pessoa mais importante da minha vida". "Enquanto eu gostar dela não vou gostar de outra pessoa". E por aí vai.

Os amigos cansam de ouvir a ladainha. O analista vira testemunha remunerada de um luto que não acaba. Até a família perde a paciência. Uma tristeza.

Minha experiência sugere que os homens são mais propensos a isso do que as mulheres. Ou pelo menos o tempo deles é diferente. Quer dizer, pior.

Mulheres sofrem intensamente e saem rápido da dor, prontas para outra. Ou assim parece. Os homens chafurdam, derrapam. Ficam semanas, meses, anos atolados na mesma crise. Por comparação, as mulheres parecem mais práticas. Ou mais resolutas.

Por que será? Acho que há nisso uma coisa edipiana. Perder a mulher que se ama talvez seja como perder a mãe. Ou ser abandonado por ela. E mãe, todos sabem, só existe uma.

Ou talvez as mulheres (por formação familiar, por cultura de grupo, até, quem sabe, por genética), tenham aprendido a não depender emocionalmente dos parceiros para além da medida do bom senso.

A despeito da imagem romântica e sentimental, (e do seu próprio discurso de fragilidade) tenho visto que as mulheres se aguentam muito bem.

Afinal, elas são o esteio das famílias desde a savana africana e não podem se dar ao luxo de gastar a vida gemendo pelos cantos. Há que seguir, marchar, fazer a prole;

A vida (talvez o relógio biológico da maternidade) empurra as mulheres à construção prática do mundo. Os homens têm tempo a perder e o perdem. Às vezes a vida inteira.

Dito isso, as coisas mudam. A vida ensina. Observo os meus amigos nostálgicos, aqueles que pareciam incorrigíveis, e percebo que eles aprenderam a cortar a corrente do passado.

Eu mesmo, depois de centenas de sessões de análise, depois do acúmulo das experiências, me surpreendo com uma capacidade nova de apreciar o presente. Capacidade que antes, me parece, não estava inteiramente lá, como não está na vida de muitas pessoas, homens e mulheres.

O passado continua uma presença forte. Ele molda o dia de hoje mas não o determina inteiramente, não o impede e, sobretudo, não o substitui.

Ou, como diz aquela ex-namorada que não olha pra trás: se você não quer que uma relação entre para o passado, é bom cuidar dela no presente; é bom garantir que ela esteja lá, no futuro. Faz todo sentido
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APAIXONE-SE É POSSIVEL
A regra na selva do afeto é testar e descartar. Mas às vezes o roteiro muda


Por Ivan Martins



Por que as pessoas se apaixonam? Nos últimos dias eu tenho pensado nisso: por que algumas pessoas, e não outras, nos cativam?

Homens e mulheres são atraídos uns pelos outros o tempo inteiro, por diversas razões. Umas pessoas são bonitas, outras são sensuais, algumas têm carisma. Mas poucas causam impacto. Por alguma razão, a graça desaparece e com ela o desejo de rever.

Essa é a regra nas grandes cidades: tentativa e erro. Aquilo que os cínicos chamam de mercado e os pessimistas de selva. Outro dia alguém me disse um nome novo: prateleira. Acabou o namoro, estava na prateleira. Tipo sucrilhos.

As mulheres se queixam disso. Sentem-se usadas. O sujeito se esforça em seduzir, é todo gentilezas, desdobra-se em safadezas e, dias depois – às vezes, horas ou minutos depois – veste a calça e some para nunca mais ser visto.

Tudo isso parece premeditado. Mas eu posso atestar, tendo ouvido centenas de depoimentos espontâneos, que o homem está sinceramente empolgado quando faz a corte. Mas a empolgação desaparece, o desejo passa, uma mistura de culpa e chateação aflora. É hora de ir embora.Às vezes, porém, muda o roteiro. Nessas raras ocasiões os homens têm vontade de ligar e dizer coisas doces. O sujeito – ou a mulher – se põe a fazer planos inconfessáveis de tão precoces. Na hora do sexo,se pega dizendo romantismos. Esses são sinais de sentimentos duradouros. Pode ser o começo de um romance.A explicação simplista para o fenômeno é a química. A pele e o temperamento se combinariam para formar uma conexão. Mas eu não acredito nisso. Ao longo da vida as pessoas se envolvem com parceiros totalmente diferentes entre si. A qual química teria de ser muito flexível ou inteiramente mutável.

Prefiro acreditar em momento. A cada período da existência nós queremos algum tipo de coisa, que ganha a forma de uma pessoa. Pode ser ternura, pode ser firmeza, pode ser racionalidade ou maluquice. Provavelmente é uma combinação de qualidades e defeitos que formam uma receita de felicidade: você foi feita pra mim, a gente tem vontade de dizer.

E foi mesmo, não? Entre 6 bilhões de pessoas, num mundo cheio de gente, lá está ela, totalmente única. Para este momento da vida, seu sorriso. Para este momento da vida, sua delicadeza. Para este momento, a sensualidade dos seus pés quando me tocam. É o que se pode desejar. É bom. É frágil. É sobre isso que se constrói.
Quem nunca sofreu por amor que atire a primeira pedra!
Bom...se você ainda não sofreu, pode ter certeza que vai.Nos dias atuais está cada vez mais difícil de se encontrar a pessoa ideal não é mesmo?!Mas aonde foi parar a ideologia do "par perfeito"?
Hum...nem me pergunte,parei de acreditar em par perfeito no mesmo dia em que parei de acreditar em Papai Noel, quando a minha avó falou que ele não viria deixar minha bicicleta,porque minha casa não tinha chaminé.Por favor não pensem que não acredito no amor, pois acredito e muito, e foi por isso que criei este blog.Já está na hora de parar de cair nas conversas dos "Caras do L" e passar a enxergar o verdadeiro amor.
As vezes nos decepcionamos tanto com as pessoas erradas que acabamos perdendo boas oportunidades de sermos felizes pelo simples fato de ter a terrivel mania de generalizar e de querer descontar tudo em todos.Algumas pessoas, por estarem tão machucadas acabam construindo um muro invisível em volta de si, por medo de novas decepções amorosas.
Se você se enquadra neste perfil está na hora de quebrar seu muro e construir uma bela ponte para te auxiliar à conhecer novos horizontes.E lembrem-se que ainda existem caras ideais por ai afora e que esta conspiração foi criada exclusivamente contra os "Caras do L" e a favor do Amor Verdadeiro. E que tal começar com o amor próprio?!Este é o segredo meninas!


Leela Mendonça

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

EM CONSTRUÇÃO!